(Psicóloga Ana Cláudia Merchan Giaxa, CRP 08/6196)

Área de interesse: ESTRESSE

Relação entre Depressão e Coração

Há duas possibilidades de serem pensadas;

A primeira delas é que a pessoa com depressão se cuida menos e, por este motivo, fica mais exposta a comportamentos de risco para a saúde. Nesta relação, os sintomas da depressão associados à baixa autoestima, desânimo, favoreceriam o sedentarismo, aumento de peso com consequente aumento da pressão arterial e tendência à obesidade. Por outro lado, também sabemos que a depressão traz tanto sintomas de insônia, como hipersonia (dormir muito), anedonia (falta de vontade ou desânimo). Para a pessoa com depressão não faz diferença ela se levantar e curtir o dia. Costumamos dizer que a pessoa com depressão perde o sentido ou o ânimo da vida. Neste caso, ela pode vir a adoecer do coração porque deixa de se cuidar de maneira geral, principalmente porque vários fatores para desenvolvimento de doenças coronarianas dependem do estilo de vida, como por exemplo, o controle do peso e ter comportamento ativo (exercício).

A segunda possibilidade é mais voltada para a parte orgânica. Dados já identificaram que, tanto nos processos fisiológicos da depressão, como no adoecimento cardíaco, há processos inflamatórios envolvidos. Então, a potencial relação seria os processos inflamatórios comuns às duas patologias. São necessárias mais pesquisas para saber se é o adoecimento cardíaco que gera depressão ou o contrário. Mas, de qualquer forma, é sabido que o adoecimento cardíaco costuma vir acompanhado de quadros depressivos e necessita de atenção médica e medicamentosa.